Oito pontos essenciais em que todo founder de um SaaS B2B no estágio inicial deveria prestar atenção

Geraldo Melzer • August 2, 2021

Nos últimos anos, o nosso time na a.b.seed tem se especializado em investimento e crescimento de startups SaaS B2B no Brasil. Nós avaliamos mais de *160 startups, dentro desse recorte, para fazer apenas três investimentos em 2017. Em 2018 faremos entre quatro e cinco investimentos.


A partir dessa jornada, focada 100% em negócios de tecnologia com o modelo de recorrência no estágio inicial, temos acumulado aprendizados e muitas informações que consideramos relevante compartilhar com founders que estão começando a escalada de uma startup SaaS no Brasil.


Abaixo listei oito pontos fundamentais em que, na minha opinião, todo founder de um negócio SaaS B2B deveria prestar atenção.

Espero que a leitura deste post ajude na priorização dos seus desafios neste ano de 2018, que começou faz pouco.


* Não incluí startups fora do modelo, apenas negócios SaaS B2B.


1) Co-founder CTO onboard


Ter a inteligência de desenvolvimento de produto desde o início, "dentro de casa", normalmente aumenta as chances de se desenvolver um produto mais robusto, ter uma visão de futuro mais clara e fazer uso mais responsável dos recursos.


Na última pesquisa "Napkin 2018", conduzida por Christoph Janz, foi feita entrevista com muitos dos mais respeitados VCs e investidores seed americanos. Para os investidores seed, eles pontuaram "Co-founder CTO" como o fator de maior importância para tomada de decisão de investimento, acima, inclusive, de MRR, PMF e outros fatores considerados por muitos altamente relevantes.


O segundo maior peso ficou para "Founders com track record comprovado", ponto que também valorizamos de forma intensa no nosso processo de análise na a.b.seed.

Dentro das centenas de empresas que passaram no nosso funil nos últimos 12 meses, boa parte das que evoluíram mais etapas no processo era composta por 2-3 founders, e ao menos um deles tinha perfil "dev", técnico, o CTO. Se o seu negócio não tem esses skills, faça o possível para ter um co-founder com esse perfil o quanto antes na jornada.


2) Garantir sinalização clara de PMF (Product Market Fit) antes de acelerar


Tive conversas com algumas startups que estavam crescendo relativamente devagar, vendendo para perfis muito variados de clientes, com taxa de cancelamento acima do aceitável e, mesmo assim, querendo captar recursos com objetivo central de acelerar as vendas. A frase do Jacco Vanderkooij, "cuidar para não escalar o fracasso", nunca pode ser esquecida.


É fundamental estressar muito bem a proposta de valor e conhecer o ICP (Ideal Customer Profile) antes de se acelerarem as vendas e se ampliar um modelo que, por não ter uma proposta de valor forte, muitas vezes não se sustenta.


Também é importante conhecer bem o perfil, ou perfis, dos clientes que vai se atacar, para criar estratégias de go to market adequadas ao perfil, além de uma operação adaptada à complexidade de venda do produto. Com um ticket médio de R$ 150, é viável ter um time de inside sales? É importante ter uma visão de ROI da área baseada em dados, "para fazer a conta fechar". Neste post o Franco Zanette, do time da a.b.seed, aprofunda muito bem o tema.


Ter uma operação comercial muito bem quantificada, com a maior previsibilidade possível, é fundamental. Entender quantas contas um vendedor tem que fechar por mês, a que ticket médio para estar saudável, e quanto tempo se "rampa" um novo rep, são pontos cruciais de se controlar antes de simplesmente crescer contratando gente, na força bruta.


Conseguir construir algo próximo da famosa "máquina de aquisição" não é fácil, mas é o caminho a perseguir e a grande oportunidade que o modelo de recorrência proporciona.


3) Começar a área de CS (Customer SuccessASAP, mesmo que seu churn esteja "ok"


Muitas startups chegam a mais de 100k de MRR, com centenas de clientes, e mesmo assim não enxergam a importância de CS. Isso ocorre por não entenderem a relevância da área para o modelo de negócios de recorrência e/ou por acharem que seu churn está sob controle – por isso, não priorizam.


Não podemos esquecer que SaaS é um business que vai além das vendas, é um negócio de retenção e expansão. Iniciar CS o quanto antes na trajetória de um SaaS aumenta as chances da empresa de preservar e expandir a base de clientes. Antecipar os clientes que não estão extraindo valor do produto e trabalhar proativamente, preocupando-se não só em diminuir a taxa de cancelamento, mas também em expandir a receita gerada pela base de clientes: essa é uma frente esquecida por grande parte dos novos empreendedores.


Já existem muitas boas práticas e ferramentas modernas que hoje estão disponíveis para entender e estruturar uma área de CS na sua empresa. No Brasil, diferentemente de cinco anos atrás, já existem profissionais com experiência técnica relevante na área e já "prontos para atividade". Neste post do B2B Stack eles listam algumas das principais ferramentas ligadas a Customer Success.

Além dos ganhos óbvios de se implementar a área de CS cedo, como os citados acima, existem alguns benefícios muito relevantes que não ficam tão explícitos, como melhorar a curva de aprendizado de produto.


Essa retroalimentação que CS pode trazer para outras áreas acelera a curva de aprendizado e desenvolvimento da empresa como um todo. Aposte na área de CS cedo.


É necessário atenção muito especial ao processo de onboarding. O papel do processo de onboarding é garantir que o cliente que acaba de assinar um plano/serviço siga os steps necessários para extrair valor com o uso do produto da forma mais natural, veloz e sistematizada possível.


No início, logo após o cliente contratar o seu serviço, é o momento em que ele está mais entusiasmado e disposto a aprender com atenção aos steps necessários para obter sucesso. Tentar recuperar esse cliente após ele não ter conseguido extrair valor e já ter mudado o "mindset" vai ser muito mais trabalhoso, caro e difícil.


Apesar de ser muito lógico, muitas empresas não alocam a devida energia para o onboarding. Dar atenção desde cedo ao processo no qual o cliente extrai seu primeiro valor é algo imprescindível, pois o onboarding está diretamente ligado ao churn (taxa de cancelamentos).


Conversando com alguns experts em CS, o cliente que passa pelo onboarding tem, por vezes, acima de duas vezes mais chances de não cancelar o software/ serviço, comparado com o cliente que não passa pelo processo, segundo pesquisas internas de dois SaaS muito relevantes no Brasil.


4) Métricas e unit economics relevantes para o estágio seed

"Não podemos confiar tanto na métrica (LTV/CAC) no estágio muito inicial" 
David Skok, criador da regra LTV/CAC>3

A métrica mais popular e relevante para se acompanhar a saúde do funil de marketing e vendas em um negócio de recorrência é o LTV/CAC (Life Time Value / Cost of Acquisition). Ele está em todos os decks e pitches no Brasil e no mundo.


A métrica LTV/CAC "pergunta" se um cliente traz um LTV maior do que o custo de vender para ele. A métrica ajuda em diversas tomadas de decisões, como em qual canal ou em qual tipo de cliente se deve investir mais. Mas, especialmente na fase inicial de uma startup, temos que ter bastante cuidado com a confiabilidade desse indicador.


David Skok, partner da Matrix Partners e talvez o maior estudioso do modelo SaaS, sinaliza que não podemos confiar nessa métrica no estágio muito inicial de uma operação,neste post.


Quando temos o próprio founder vendendo na fase inicial, o CAC terá um comportamento diferente de quando tiver o primeiro time de reps vendendo. Além disso, com pouco volume de vendas, ainda oscilantes, os dados acabam sendo pouco representativos.


À medida que a operação começa a amadurecer, novas camadas e modelos de canais provavelmente vão ser necessários, como SDRs, PartnersOperations etc. Somente quando se encontram esses canais mais escaláveis e se tem uma operação mais madura, o LTV/CAC terá papel imprescindível e confiável.


churn também pode ter um comportamento distorcido na fase inicial, pois diferentes perfis de clientes ainda estão sendo testados, e problemas de produto relevantes ainda penalizam a taxa de cancelamentos. Nesse estágio uma taxa de 4%+ é considerada *aceitável, pela imaturidade operacional.


Estudar todo e qualquer cancelamento a fundo para aprender ao máximo e entender os reais motivos é crítico nessa etapa.

Nesse contexto, founders nesse estágio precisam escolher algumas métricas que gerem entendimento real sobre a performance da empresa. Startups que ainda não estão com um modelo previsível, métricas como caccac paybacklogo churnrev churn, LTV, ARPA mês e base são essenciais e sofrem menos distorções para se gerenciar um SaaS no estágio inicial.


Controlar muito bem o uso do recurso/cash burn é algo também muito importante, que permite à empresa não deixar acabar a "gasolina" antes do próximo "posto" e ser surpreendida por falta de recursos. Controlar bem o cash burn sinaliza domínio, controle da operação, enfim, boa gestão dos founders.


* Tomasz Tunguz compartilha no seu blog esta tabela, com as taxas de churn esperadas por segmento de negócio e maturidade.


5) Cultura de batimento de metas


Criar uma cultura de batimento de metas desde o início é fundamental. Primeiramente, ela deriva da postura, atitude, visão que os founders transmitem para a primeira camada de reps.


founder ter vendido já algumas dezenas de contas e ter uma boa intuição sobre o processo comercial pode ser importante antes das primeiras contratações. Muito se fala na famosa "venda do sonho", que apenas o founder consegue transmitir com confiança e clareza. Essa venda pode ter a maior conversão, porém, infelizmente, ela não escala.


Se possível, tenha o primeiro gerente de vendas com track record que inspire a primeira leva de sales reps, atraia talentos e traga o componente de agressividade e ambição, características marcantes de times e empresas que entregam seus números e crescem de forma exponencial.


O primeiro gerente de vendas tem papel crucial. Um gerente que tenha performado e seja respeitado por isso, geralmente, é a aposta de menor risco a se fazer, principalmente no início.


Criar um Culture Code que transmita a cultura com clareza e atraia candidatos alinhados com a empresa é prática importante e eficiente.


Critérios de "rampeamento" e regras para efetivação ou demissão têm papel relevante na construção da cultura da empresa. Normalmente esse tipo de prática repele aqueles que se sentem desconfortáveis com o desafio e, ao mesmo tempo, orgulha e motiva aqueles que conseguem superar o obstáculo e ser bem-sucedidos na função. Esse tipo de política, muitas vezes, promove senso de pertencimento e conquista poderoso.


6) Cultura de desenvolvimento de conteúdo sistemático


A maior parte das empresas SaaS B2B que estão em fase de crescimento utilizam o inbound marketing como um dos principais canais de educação e aquisição de clientes.


Muitos dos que conseguiram criar uma estratégia de inbound robusta, além de utilizarem ferramentas de automação de marketing modernas de forma efetiva, aderiram a uma cultura forte de desenvolvimento de conteúdo interno de forma metódica e sistemática que praticamente virava uma cultura.


Os ganhos dessa boa prática vão além da produção do conteúdo em si, que se transforma em leadsopps e vendas, etc. Quando a empresa constrói essa cultura de out-teach, ela amplia sua articulação, por meio do exercício constante de estruturação das ideias em conteúdos técnicos e materiais ricos.


A cultura de desenvolvimento de conteúdo é muito poderosa e empoderadora se feita de forma séria. No Brasil a Resultados Digitais, RockContent e Meetime são três exemplos de empresas SaaS que vêm criando essa cultura de forma exemplar.


7) Visão de mercado – TAM e EXIT


Conseguir articular com clareza como o mercado em que se encontra terá dimensão ou como se vai capturar um pedaço relevante de um mercado em forte crescimento é algo crucial. A maior parte dos potenciais investidores precisa enxergar o potencial, pois, sem tamanho de mercado relevante, menos alternativas há de saída.


Jared Sleeper faz parte do time do Matrix Partners e escreve no site For Entrepreneurs, especializado em SaaS B2B, a "bíblia" do tema. Neste post ele traz uma visão sólida sobre os caminhos mais adequados para se chegar ao TAM (Total Addressable Market) no estágio seed.


Segundo ele, o formato top down, que geralmente começa em "segundo Gartner, esse mercado movimenta US$ 30b...", é o menos apreciado, pois deixa pouco claro o verdadeiro sweet spot, ou seja, quais subsegmentos de clientes têm maior potencial de aderir à solução e que dimensão de mercado isso representa de fato.


Ele escreve que a abordagem bottom up, "pricing praticado vezes número de clientes com fit para vender", pode ser o caminho mais claro e tangível de articular o potencial de mercado. Apesar de concordar que a visão bottom up pode ser menos abstrata, na a.b.seed gostamos de fazer os dois exercícios, top down e bottom up, para construir uma visão a mais assertiva possível do mercado endereçável.


Ter lucidez sobre o real potencial de dimensão do seu negócio é crucial. Soluções muito específicas para um nicho muito pequeno por vezes podem ser um excelente negócio, mas também um péssimo investimento. 


Ter uma visão quantitativa e qualitativa consistente da dimensão do seu negócio é fundamental, pois ela terá uma boa relação com suas futuras alternativas de funding e exit


No final, o próprio exercício de se chegar no TAM é o mais rico e importante do que se chegar á um número específico e definitivo.


8) Talent 1st

Esperar ficar grande para ter um recurso de talent ou ter um recurso de talent para ficar grande? Uma startup SaaS de sucesso, para crescer, precisa ter a capacidade de contratar as pessoas previstas, para entregar o crescimento acelerado esperado.


Alguns reps demorando para serem contratados e/ou demorando um pouco mais para "rampar" que o previsto provocam dois grandes efeitos, conforme gráfico abaixo mostra. O primeiro é o tempo para que esse vendedor se pague. O segundo, não tão óbvio, é a necessidade de fluxo de caixa necessário para financiar esse desenvolvimento. Em empresas de alta velocidade de contratação, essa variável pode ter impacto relevante e criar um buraco no plano de crescimento.

velocidade de rampagem sales reps startups saas

Diversos founders e diretores de SaaS mais experientes com quem tive interação compartilham a visão de que o desafio de recruiting é gigante e pode tomar até próximo de 50% do tempo da liderança de uma startup em fase de hipercrescimento. Atrair e converter um pool qualificado de talentos não é tarefa fácil.


A criação de um Culture Code é prática muito importante, e praticamente todas as startups que estão conseguindo crescimento consistente vivem o Culture Code de forma legítima e genuína. Um Culture Code que reverbere a cultura dos founders, à medida que a empresa cresce e que os founders perdem a interação direta com o time, tem papel mais importante do que pode parecer.


As primeiras dezenas de contratações serão decisivas para a formação de cultura da empresa e influenciam bastante para onde o barco vai. Estressar bem a atração de talentos altamente alinhados e comprometidos com a cultura, com os valores e princípios dos founders será um divisor de águas.


Nessa fase será crucial ter uma pessoa para dar eficiência a essa atividade de talent acquisition. Uma função que profissionaliza e sistematiza o processo de recrutamento e seleção tira grande parte da carga dos founders e garante que os recursos previstos no BP estejam disponíveis na data certa, com perfil certo, "rampando" na velocidade prevista.



Assim como a máquina de vendas tem que estar bem calibrada, a máquina de contratação também é componente decisivo e sensível para qualquer startup que persiga o crescimento exponencial.

Por Geraldo Melzer 2 de agosto de 2021
Na a.b.seed estamos mergulhados no tema crescimento de negócios SaaS no estágio inicial – seja por meio da interação com o nosso portfólio, pipeline, mentores, mercado, seja pelo consumo de conteúdo técnico intenso e sistemático. Dentro desse tema de crescimento de SaaS B2B no estágio inicial, temos visto muitos materiais sobre aquisição, vendas e retenção de clientes, mas não encontramos com a mesma intensidade, no Brasil, conteúdos sobre precificação de SaaS B2B no estágio inicial. Precificação é um fator crucial em SaaS pois tem impacto muito grande no crescimento e na monetização de um negócio no modelo de recorrência. Um pequeno incremento no ticket médio traz um impacto monumental na projeção de crescimento. Patrick Campbell é especialista em precificação SaaS e founder da Price Intelligently, uma das principais plataformas e consultorias para otimização de preços em SaaS. Ele mostra, neste quadro abaixo, como um pequeno incremento em preço pode impactar duas vezes mais que esse mesmo aumento em aquisição e quatro vezes mais que o mesmo aumento em retenção.
Por Geraldo Melzer 2 de agosto de 2021
Visão geral O Seed round é um dos primeiros rounds de Venture Capital que uma startup pode buscar. A rodada Seed antecede a Série A e vem logo após as fases de aceleração, de investimento anjo ou de uma jornada bootstrap. De uma forma geral o estágio Seed se caracteriza pela materialização do PMF ( Product Market Fit ), ou seja, após a startup validar hipóteses e ter entregue valor para uma base inicial de clientes pagantes com ICP razoavelmente claro. Nessa fase os founders ainda estão com a "mão na massa", vendendo e com uma sinalização inicial de tração. É comum não existir um processo de aquisição de clientes estruturado e replicável, o qual permite destravar um crescimento acelerado. A transição da etapa de venda pelos founders para uma primeira camada de vendedores é um desafio típico do estágio Seed, e logo já é seguida pelo desafio de contratar os primeiros heads de Vendas, Marketing, CS e Talent. Nesse contexto, podemos assumir que um dos maiores desafios do estágio Seed é encontrar um modelo inicial de Go-to-market com canais de aquisição e distribuição claramente aptos a suprir 24 meses de crescimento intenso até uma Série A. Seed no Brasil O Venture Capital no Brasil evoluiu muito nos últimos 5 anos e vive um verdadeiro boom nos últimos 2 anos. O número de fundos aumentou significativamente e o volume de investimento ganhou uma dimensão sem precedentes. Segundo o Crunchbase e LAVCA, o volume de investimento em VC no Brasil foi de R$ 35M em 2010 para uma estimativa de R$ 6B+ em 2019. O maior volume de capital se traduziu em um maior volume de investidores nos diversos estágios da cadeia de investimento. Em 2016, praticamente não existiam players focados de forma clara em Seed Rounds . Hoje temos no mínimo 6 players formalmente posicionados nesse estágio no Brasil, afora diversos novos entrantes. Com a evolução recente do ecossistema local, podemos observar um comportamento semelhante ao que ocorreu nos USA nos últimos anos: o aumento de valuations e de tickets de investimento em Seed Rounds . Em 2017 um Seed Round médio girava em torno R$ 1M e em 2019 já tem média de R$ 3.2M, com alguns cases ultrapassando R$ 5M. As hipóteses dessa mudança podem estar ligadas a, pelo menos, três fatores: (1) aquecimento do ecossistema pela entrada de novos players e fundos mais capitalizados; (2) na mesma intensidade, VCs robustos focados em Série A e B, prontos para absorver rodadas maiores em sequência; (3) um ambiente macroeconômico bastante favorável à maior alocação em capital de risco. Tomaz Tunguz - Partner da RedPoint Ventures US, e um dos maiores especialistas em SaaS - explica um pouco da história dessa mesma dinâmica de aumento do tamanho dos seed rounds nos USA . Como resultado, percebemos uma decisão de investimento que também acompanha todas as mudanças do ambiente. Milestones de receita construídos com "força bruta" deram espaço para milestones de GTM que destravam o crescimento, em especial canais robustos de aquisição de clientes, maior previsibilidade e visão de continuidade da jornada. Napkin ABSeed - Brasil Inspirados no "Napkin" - referência sobre SaaS funding criado por Christoph Janz, Partner da Point Nine Capital - criamos uma versão do Napkin Brasil. A Point Nine é um dos principais VCs Europeus com forte viés em SaaS B2B. A ABSeed é o único fundo do estágio Seed 100% focado em SaaS B2B. Já analisamos mais de 600 startups SaaS B2B do Brasil nos últimos 3 anos e hoje acessamos, em média, 5 novas oportunidades por semana. Com base nesse volume compartilhamos nossa visão para um Napkin Brasil. Ela é resultado da nossa sensibilidade e percepção sobre o funding de negócios SaaS B2B em 2019. Esperamos que esses parâmetros contribuam para que empreendedores entendam o seu momento, a sua jornada e busquem construir rodadas saudáveis de investimento.  Boa Sorte!
Por Geraldo Melzer 2 de agosto de 2021
Contexto
Por Franco Zanette 2 de agosto de 2021
Minha carreira como gerador de demanda começou com um grande fracasso. Ainda na metade da faculdade de administração, vi a empresa do meu primeiro estágio em marketing falhar ao tentar vender um produto digital em canais tradicionais. Buscando entender o que estava errado, conheci o conteúdo da Resultados Digitais . Lá primeiramente li sobre como a internet democratizou a mídia, permitindo que pequenas empresas fizessem frente aos budgets milionários das multinacionais. No segundo capítulo da minha história, já como funcionário da RD e enquanto meu país passava por uma grave crise econômica, experienciei o hiper crescimento. Como se a crise fosse um catalisador da demanda por eficiência. O que aprendi com tudo isso foi o poder de um modelo de negócio. A cada trimestre, em reuniões de planning exemplarmente transparentes, entendi o racional que nos levou a superar tantos desafios. A computação na nuvem e o modelo de recorrência revolucionaram a indústria de software. Desde que entrei nesse mundo, não canso de aprender sobre as profundas amarrações desse modelo de negócios. Hoje me dedico a ajudar a a.b.seed Ventures a construir um portfólio exclusivamente de empresas SaaS b2b, e percebo como a nova geração de empresas brasileiras nascem com um caminho melhor determinado, mas também com maiores exigências. Crescer mais rápido e em meio a concorrência efervescente é o desafio. Nas próximas linhas sintetizei o que segundo minha vivência são os 5 pontos chave nos primeiros anos de um SaaS b2b. São eles: Como saber a hora de pisar no acelerador em direção ao mercado; Como usar o Inbound como principal canal de vendas; Como destravar o crescimento alinhando marketing e vendas; Como construir uma operação realmente orientada por dados; Como fazer uma operação aprender a aprender. Recomendo que você busque empatia nas introduções e orientações na conclusão de cada bloco. Boa leitura!
Por Geraldo Melzer 20 de julho de 2021
vertical saas brasil abseed
Por Geraldo Melzer 20 de julho de 2021
Um SaaS Vertical é um software voltado para um segmento ou nicho específico, como um ERP para fazendas, CRM para farmácias, ChatBot para hotéis e assim por diante. Hoje em dia, tendo em vista que praticamente todas as indústrias utilizam software de forma mais ampla, o surgimento dos Vertical SaaS substituindo softwares on-premise "antigos" e resolvendo novos problemas irá se intensificar, e eu vou explicar o que está por trás dessa hipótese nos próximos parágrafos.
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